terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Harppia: especial parte 2 (sete)


Introdução
Sem sombras de dúvidas o número sete é o mais significante em toda filosofia, literatura sagrada, natureza, mitos e representações. Encontramos o sete em vários setores da cultura, seja através de ditados populares como:
“Guardar um segredo a sete chaves”, “o gato tem sete vidas” e “isso não é um bicho de sete cabeças”.
 Até assuntos gerais como:
“As sete maravilhas do mundo”, “os sete Reis de Roma”, “os sete sábios da Grécia”, “os piratas dos sete mares”, “os sete pecados capitais”, “as sete virtudes” e “as sete ciências do mundo antigo”.
No campo religioso o sete também é explorado de várias formas e condições:
-Na umbanda temos as setes linhas, os setes Orixás, os Exus das sete encruzilhadas e os Caboclos que usam sete flechas.
– Na sociedade teosófica e maçonaria encontramos os sete raios espirituais, os sete corpos, os sete chacras e as sete hierarquias espirituais ou angelicais, além claro, dos sete princípios herméticos.
 -Na Bíblia sagrada podemos encontrar em apocalipse as sete igrejas, os sete selos, as sete trombetas, os sete anjos, as sete taças e, finalmente, a vitória do Cordeiro representada através do número 777.
Não podemos esquecer também que quase todas as religiões concordam que a criação do mundo foi consolidada em sete dias.
Curiosamente na natureza também encontramos o número sete de forma bem abrangente:
Temos as sete cores do arco Iris, os sete pontos de referência no mundo tridimensional (frente, traz, direita, esquerda, acima, abaixo e centro), os sete elementos básicos do universo (Força nuclear forte, força nuclear fraca, força eletromagnética, força gravitacional, neutros, eletros e quarks), e para finalizar, os grupos de sete vértebras, os sete orifícios do crânio, e a mudança da personalidade a cada sete anos.
Considerado o número da perfeição, o sete também serviu de tema para expressões artísticas variadas, desde a 1ª Arte com a música sendo representada através de sete notas musicais, até a 7ª Arte com vários filmes abordando o tema. Como aqui o que importa para nós é a 1ª Arte, falarei de uma das mais importantes e pioneiras bandas de Heavy Metal do Brasil, o Harppia, e de seu “cabalístico” disco “Sete”.
Saiba mais sobre o Harppia na primeira parte deste especial clicando no link abaixo:
O disco “Sete”
Após o sucesso eminente do EP “A Ferro e Fogo”, o Harppia sofre uma significativa mudança na formação. O baterista Tibério Luthier assume o comando da banda e recruta novos músicos, dentre eles grandes nomes do Rock/Metal nacional como por exemplo o excelente vocalista “Percy Weiss”, ex- Made in Brazil e Patrulha do Espaço.
Tibério com o intuito de se igualar profissionalmente e performaticamente às grandes bandas norte americanas e europeias, faz um grande investimento em equipamentos, adquirindo 12 amplificadores de guitarra Majors Marshall (cabeçote e 2 caixas cada), 4 amplificadores para baixo Ampeg 400 (cabeçote e caixas com 10 falantes), P.A.s, iluminação com o que havia de mais moderno no mercado e sua lendária Bateria de Fogo Luthier. Com um time e equipamentos de primeira linha, o Harppia entra em estúdio para a gravação de mais um clássico da banda, o mais que interessante “Sete”.
Considero o disco um dos primeiros a seguir um padrão, digamos, “conceitual” a ser produzido por uma banda de Heavy Metal no Brasil. Assim como o Iron Maiden, que traz um tema principal e depois explora esse elemento com músicas variadas dentro do álbum, “Sete” segue esse exemplo adicionando elementos criativos e interessantes em relação ao significado de seu nome.
 Vamos a alguns deles:
O álbum foi gravado no ano de 1987 e contém sete músicas. A música de número sete do LP chama-se “sete” e contém sete minutos, sem contar que a primeira faixa do trabalho chamada “Na Calada Da Noite” foi concebida sobre o compasso 7/4.
Na capa também podemos encontrar algumas representações:
Se medirmos de ponta a ponta a asa da harpia, teremos 28 centímetros (múltiplo de sete). A primeira e última letra do nome da banda (que coincidentemente tem sete letras) medem sete centímetros cada, e se repararmos no “H”, perceberemos que a ponta superior esquerda forma o número sete. Lembrando que essas medidas só podem ser encontradas na versão original lançada em vinil.


No site oficial da banda o grupo convida os ouvintes a descobrir o enigma do sete e como ele está distribuído no álbum. Faço o mesmo desafio a vocês, se descobrirem algo referente que não foi citado nesta matéria deixe nos comentários que atualizarei o texto.

(!) Atualização:
Após a publicação da matéria, o próprio Harppia através de seu perfil oficial do facebook alertou haver mais sete elementos na contracapa que contém o número sete.

Depois de quebrar uma pouco a cabeça tentando descobrir sem sucesso estes pontos, “Aya Maki” (Guitarrista atual do Harppia), através do WhatsApp e com a ajuda de “Tibério “Luthier” Correa” me ajudou com essa questão:
Se reparamos na diagramação da lista de músicas, perceberemos que ela forma o número sete.
O ano escolhido para a gravação, 1987, tem mais um sentido logico. Além de ser o ano sete da década de 80, se somarmos todos os números do ano (1+9+8+7) teremos 25 como resultado, somando esse resultado (2 + 5) teremos mais um sete .

Sendo assim, os sete elementos da contracapa são:
– Sete musicas
– A música sete chama-se “sete”
– A faixa de abertura (Na calada da noite) é um 7/4
– O logo do Harppia formado por sete letras
– O ano de lançamento é o ano sete da década de 80
– Se somarmos os números do ano de lançamento do álbum teremos um sete
– A diagramação da ordem das músicas forma um sete
Tibério também destacou que a ausência do guitarrista “Flávio Gutok” na foto da contracapa, foi devido a um sério acidente que o musico sofreu, deixando o mesmo entre a vida e a morte. A dedicatória para ele no encarte foi devido a este fato.
Resenha
Musicalmente o álbum segue a mesma linha do EP “A Ferro e Fogo”, com um Heavy Metal tradicional cantado em português repleto riffs e climas.
O disco abre com a forte “Na Calada da Noite”. A faixa traz 55 segundos de introdução onde ótimas dobras de guitarras antecipam a viciante linha vocal de Percy Weiss. Não posso deixar de destacar os excelentes solos e principalmente as pesadas bases compostas para eles.
Realmente as guitarras são um ponto forte em “Sete”, uma prova é a introdução de “Voz da Consciência”. Com um solo digno de respeito, essa faixa é uma de minhas favoritas, tanto por sua bela melodia e clima, quanto por sua letra e técnica. Sem sombras de dúvidas “Voz da Consciência” é um clássico do Heavy Metal nacional.
Seguindo o exemplo do hino “Salem (A cidade das Bruxas)”, “Magia Negra” discorre sobre o “ocultismo”, onde um homem luta para desprender-se das forças obscuras. Aqui podemos perceber um ar meio Iron Maiden da época do Killers, composto por um baixo muito marcado e competente.
Uma das músicas mais bonitas já compostas pelo Harppia é a carismática “Balada”. A canção tem uma marcante letra recitada sobre dedilhados de violão e arranjos de teclado. Devido ao seu clima saudoso e brando, a faixa esta sendo usada no documentário “Brasil Heavy Metal” em homenagem aos músicos de nosso cenário que já não estão mais entre nos.
Após a reflexão de “Balada”, a porrada volta a tomar conta do disco com uma sequência matadora, “Guerra” e “Aids”. Ambas as faixas trazem aquele Heavy Metal oitentista digno e competente. “Aids” por exemplo é quase que uma “versão” nacional de “Doctor Doctor” do U.F.O, porém recheada daquela pegada “Harppiana” tão aclamada pelos fãs. Vale lembrar que esta faixa marcou uma geração de bangers Brasileiros que cantavam a pleno pulmões seu marcante refrão.
A música “Sete”
A faixa “Sete” representa poeticamente tudo aquilo que podemos definir como Heavy Metal, e com toda certeza foi um marco para o metal nacional. O conceito gira em torno de uma oração aos demônios, sete deles pra ser mais preciso.
Segundo o vocalista Percy Weiss, a faixa foi inspirada num livro inglês de antropologia sobre os medos que assolam a humanidade. Percy não lembra o nome do escritor ou mesmo o título do livro, porém relata que o trabalho foi resultado de uma pesquisa que durou mais de vinte anos.
A famosa oração foi encontrada em escavações na antiga babilônia a dois mil anos antes de cristo, escrita em uma tabuleta feita de barro cozido. Percy afirma que a oração não é uma convocação aos demônios, mais sim uma conjuração de afastamento, e que não usou a oração de forma literal na música, porém descreveu os sete demônios  da mesma forma que foram resenhados no livro.
Acompanhe um trecho da letra:
Eles são sete, Sete eles são
No profundo Oceano, Sete eles são
Estão vivendo entre o Céu e a Terra

Engendrados nas profundezas do Mar

“Sete” tornou-se um clássico do Heavy Metal nacional, marcando época e mostrando muitas peculiaridades, principalmente na edição original distribuída pela própria banda, que contém um carimbo dourado escrito SETE no canto superior esquerdo.

Se gosta de Heavy Metal nacional, história e dedicação, corra atrás deste disco.
Indispensável!!
Line Up:
Percy Weiss – vocal;
Filippo Lippo – guitarra;
Flávio Gutok – guitarra;
Cláudio Cruz – baixo;
Tibério “Luthier” Correa – bateria.
Track List:
Na Calada da Noite;
Voz da Consciência;
Magia Negra;
Balada;
Guerras;
AIDS;
Sete

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Harppia: especial parte 1 (A Ferro e Fogo)


Introdução
“Segundo uma tradição, as Harpias uniram-se ao vento zéfiro e tiveram flogeu e Harpago, cavalos dos Dióscuros.”
Com esta frase coberta pelo mando da mitologia Grega inicia-se o primeiro registro de uma das mais importantes bandas de Heavy Metal do Brasil, o Harppia. A frase presente no EP “A Ferro e Fogo” traz o conceito lírico por traz da faixa instrumental “Harpago” que abre o EP, mostrando que o grupo dispunha de um toque cultural e visceral.
Formado em meados de 1983 na cidade de São Paulo, o grupo (que no princípio chamava- se “Via Láctea”) era composto por Jack Santiago (Voz), Hélcio Aguirra (Guitarra), Marcos Patriota (Guitarra), Ricardo Ravache (Baixo) e Zé Henrique (Bateria). Essa formação foi alterada em 1984 com a saída de Zé Henrique que cedeu as baquetas para o lendário Tibério Correa Neto.
O EP “A Ferro e Fogo”
Logo após a entrada de Tibério, a gravadora “Baratos e Afins” convida o grupo para participar da primeira edição da clássica coletânea “SP Metal”. Entretanto, Tibério que acreditava no potencial do grupo propõem para agravadora a realização de um EP com cinco músicas, desta forma, em 1985, o Harppia conseguiu forjar na história do Heavy Metal nacional o excelente “A Ferro e Fogo” o primeiro EP do estilo a ser gravado no Brasil.
O disco é simplesmente matador e recheado de clássicos, como por exemplo a faixa “Náufrago”, que narra de forma poética os acontecimentos e sentimentos de uma pessoa diante um naufrágio. A canção é quase que uma premonição do famoso filme “Náufrago”, estrelado por Tom Hanks, que seria lançado no ano 2000.
Acompanhe um trecho da letra:
“A solidão há de o matar
Antes da morte chegar
Faz do tempo um ser fatal
É a solidão mortal”.

Outra faixa de destaque é a instrumental “Incitatus”, a canção faz referência ao cavalo do imperador de Roma Calígula. Segundo a história o extravagante imperador dividia sua comida e até mesmo sua cama com o cavalo. Porém a faixa que mais se destacou (tornando-se o Hino do Heavy Metal paulista na época), foi a icônica “Salém a cidade das bruxas”.
A faixa discorre sobre os reais acontecimentos ocorridos no ano de 1692 na cidade de Salém. Localizada no Estado americano de Massachusetts, no Condado de Essex, Salém ficou famosa depois que 200 pessoas foram acusadas de bruxaria, no qual 20 delas acabaram sendo executadas em consequência destas acusações.
A História
No período do século XVII em Massachusetts, muitas pessoas temiam que o Diabo adentra-se em sua comunidade e destruísse seus preceitos cristão. Além deste medo constante, um incomodo ainda maior (a meu ver), estava ligado a uma série de fatores políticos e econômicos, sem contar as epidemias de varíola, a quase que descontrolável rivalidade entre famílias dentro da Colônia, além de ameaças diárias por parte de tribos nativas vizinhas.
Foi sob este verniz de medo e crise que em janeiro de 1692 um dos períodos mais obscuros da história América começou a tomar forma. Quando a jovem Abigail Williams de 11 anos de idade mais sua prima Betty Parris de 9 anos adoeceram, tudo começou!
A tal doença era composta por comportamentos nada comuns. As meninas as vezes ficavam mudas, paralisadas, em alguns momentos pareciam ser sufocadas por uma força invisível, além de alegarem ter seus corpos puxados e torcidos contra a sua vontade. Desesperado, o pai de Betty e também reverendo Samuel Parris procurou ajuda médica, e para o espanto de todos, o veredito do doutor foi estarrecedor, as crianças estavam enfeitiçadas pelo Diabo!
Logo a notícia se espalhou e outras duas meninas de Salém – Ann Putnam Jr e Elizabeth Hubbard – começaram a apresentar os mesmos sintomas. Orações e jejuns comunitários foram organizados pelo Reverendo, porém sem nenhum resultado. Depois de muita pressão as meninas apontaram três mulheres: Tituba (índia escrava do Reverendo Parris), Sarah Good e Sarah Osborne como as responsáveis pela fonte de suas aflições. Tituba a princípio negou ser uma bruxa, mais a pressão e principalmente o teatro das meninas acabaram fazendo a escrava “confessar” seu “crime”.
Tituba quando cuidava das meninas contava para as garotas histórias de sua cultura natal, a escrava narrava acontecimentos pessoais e também coisas sobre a religião de seu povo, que incluía magias e vodu. Apesar de ser muito comum para ela, isso talvez tenham influenciado negativamente as meninas, que impressionadas, acabaram ligando os relatos de sua cuidadora ao mal que sofriam no momento.
Sofrendo muito com a pressão, além dos desgastes físicos e morais impostos pelo júri, Tituba cedeu e concordou que era culpada por causar danos às meninas por intermédio da magia negra, e que só fez isso a mando de Sarah Good e Sarah Osborne.
Depois de muitas confusões e vários dias de “julgamento”, o número de meninas com os mesmos sintomas aumentou, sem contar que várias outras pessoas foram acusadas de bruxaria. Muitos afirmavam sofrer acusações por pura e simples rivalidade pessoal. Numerosas teorias sugerem que as meninas estavam sofrendo de epilepsia, doença mental, abuso infantil, ou delírio provocado pela ingestão de centeio infectado com algum fungo.
O fato é que muitas pessoas foram enforcadas jurando nem mesmo saber o que é uma bruxa. Os julgamentos eram baseados apenas nas acusações das meninas, sem provas, se a pessoa acusada simplesmente olhava para as meninas, eles caíam em ataques, choravam e começavam a se contorcer, a cena extravagante acabava servindo de prova.
Os julgamentos só tiveram fim quando o uso da prova espectral (evidências baseadas em sonhos e visões), foi declarado inadmissível. Vale ressaltar que esses julgamentos tinham como base os mesmos princípios usados pela “santa” inquisição. As torturas e os tramites dos julgamentos eram todos sustentados pelo Malleus Maleficarum.
Criado em 1486 por dois membros da ordem dominicana e inquisidores da Igreja Católica, H. Kramer e Jacob Sprenger, o Malleus Maleficarum servia de guia para o inquisidor. O livro é praticamente um manual de como reconhecer, julgar e punir uma bruxa. Durante 4 séculos este livro foi oficialmente o manual para a caças as bruxas, condenou à morte e tortura mais de 100 mil mulheres sob o absurdo pretexto de serem bruxas.

Confira a lista com os acusados e suas respectivas sentenças:
Considerados culpados e executados:


Bridget Bishop (10 de junho de 1692)
Sarah Good (19 de julho de 1692)
Elizabeth Howe (19 de julho de 1692)
Susannah Martin (19 de julho de 1692)
Rebecca Nurse (19 de julho de 1692)
Sarah Wildes (19 de Julho , 1692)
George Burroughs (19 de agosto de 1692)
Martha Carrier (19 de agosto de 1692)
John Willard ( 19 de agosto de 1692)
George Jacobs  (19 de agosto de 1692)
John Proctor (19 de agosto de 1692)
Alice Parker (22 de setembro , 1692)
Mary Parker (22 de setembro de 1692)
Ann Pudeator (22 de setembro de 1692)
Wilmot Redd (22 de setembro de 1692)
Margaret Scott (22 de setembro de 1692)
Samuel Wardwell (22 de setembro de 1692)
Martha Corey (22 de setembro, 1692)
Mary Easty (22 de setembro de 1692)
Recusou-se a fazer um acordo e foi torturado até a morte:
Giles Corey (19 de setembro de 1692)
Resenha da faixa
Logo no início da canção Jack Santiago canta a ambientação lírica da faixa:
“Meados de 1692;
Trinta e quatro pessoas são executadas;
A acusação… feitiçaria;
Cidade… Salém…”
A faixa menciona que foram 34 pessoas executas, entretanto, como pudemos ver nesta matéria, foram executadas 19 pessoas por enforcamento e uma por tortura. A questão é que Salém era dividida em duas partes, “Vila de Salém” (que ficava próxima a baia, onde eram tratados assuntos comerciais), e “Aldeia de Salém” (que era bem afastada e cuidava da agricultura). O caso mencionado aconteceu na Aldeia de Salém, porém, tempos depois alguns pesquisadores sugeriram que na Vila de Salém mais bruxas teriam sido executadas, aumentando o número de mortes para 34, mais isso não passa de especulação.
Musicalmente a faixa é um Heavy Metal tradicional cantado em português e coberto de riffs viciantes. O canto na introdução traz junto da voz principal um gutural distorcido, dando a canção um ar sombrio e pragmático.
Não posso deixar de citar também a pegada firme de bateria que acompanha os interlúdios com ótimas viradas, e claro, o forte solo de baixo cravado aos 5:00 minutos de música.

A letra de” Salém a cidade das bruxas”, não narra de forma didática os acontecimentos ocorridos na cidade, mais sim faz menções do acontecido frisando a estigma do local. Hoje em dia Salém realmente tornou-se oficialmente a cidade das bruxas, com vários seguidores da Wicca residindo no local, inclusive Laurie Cabot, que foi declarada pelo governador Michael Dukakis como a bruxa oficial de Salém.
Line-Up:
Jack Santiago (vocal)
Marcos Patriota (guitarra)
Hélcio Aguirra (guitarra)
Ricardo Ravache (baixo)
Tibério Corrêa (bateria)
Track-List
 Harpago
Salém (A Cidade das Bruxas)
Náufrago
A Ferro e Fogo
Incitatus
Asas Cortadas

Fontes:
All about History – Issue 36, 2016. Salem Witch Trials – The real story behind the Crucible by Willow Winsham.

Malleus Maleficarum (O Martelo das Bruxas) http://www.malleusmaleficarum.org/