terça-feira, 29 de novembro de 2016

Sobrenatural: conheça 10 casos paranormais envolvendo o Rock/Metal (Parte 1)


O Rock/Metal a muito é acusado de ser “coisa do Diabo”. A máxima parte de uma parcela conservadora da sociedade que muitas vezes não entende a proposta existente na temática (seja ela musical, ou visual), da banda. O fato é que sim, existe mesmo bandas que assumidamente são devotas do maligno, porém a grande maioria apenas usa o tema como simbologia para poder expressar seu descontentamento, ou mesmo para ambientar seu tema fictício.
Muitas lendas sobrenaturais rondam os palcos e bastidores do mundo do Rock/Metal, um exemplo recente aconteceu numa apresentação do Guns ’n’ Roses em Houston. Quando Axl Rose executava no piano a canção “November Rain”, notas desafinadas começaram a soar do nada, o frontman logo percebe e começa a balançar a cabeça e pergunta: “que merda é essa?”, interrompendo a apresentação. Porém, os sons agudos e desafinados de piano continuam mesmo sem ninguém tocar. Numa forma brincalhona Axl diz não se importar com “fantasmas, desde que eles saibam tocar a merda da música. ”
Confira um vídeo explicando o caso:

Esse não é um caso isolado. Muitos músicos já vivenciaram situações parecidas ou mesmo mais obscuras e misteriosas. Alguns fãs também relatam ser atormentados e influenciados por coisas sobrenaturais existentes em músicas ou algo relacionado a uma banda especifica, tanto que durante uma pesquisa que fiz sobre o casal Warren (Ed e Lorrain Warren investigavam casos paranormais relativos a possessões e assombrações), descobri que no seu “museu” de coisas assombradas (que na verdade é um deposito de objetos amaldiçoados retirados dos infortunados), pode se notar um poster do Iron Maiden, mais especificamente do disco “The X Factor”, com certeza o pôster esteve presente em algum caso sobrenatural.

Sendo assim, hoje trarei aqui para vocês, nesta primeira parte, cinco casos sobrenaturais e espirituais envolvendo figuras do nosso vasto mundo do Rock/Metal.
Sammy Hagar (Van Halen)
O excelente vocalista que também já tocou com Montrose e Chicken Foot, passou por uma experiência estarrecedora. Aos vinte anos de idade Sammy ouviu alguém batendo em sua porta, era noite e o músico não espera por ninguém, ao abrir ficou chocado ao ver que era seu pai totalmente bêbado. Sammy nunca se deu muito bem com seu pai devido a seu alcoolismo, já que ele sempre se metia em brigas e escândalos, Sammy o expulsou aos chutes com medo de que ele fizesse um novo escândalo e acordasse todo mundo. Depois do ocorrido o músico decide voltar a deitar, porém novamente alguém volta a bater em sua porta, desta vez era um dos companheiros de banda avisando que sua irmã havia ligado e que seu pai foi encontrado morto debaixo do banco de um parque, no sul da Califórnia. O problema era que Sammy residia ao norte da Califórnia, ou seja, a 705 km de distância do local da morte de seu pai.
“Eu não pude dizer nada à minha irmã, foi estranho, era o meu pai. Foi tudo muito físico e real. Lamento não o ter deixado entrar. Acredito que ele tenha saído do corpo e quis me ver.”
Paul McCartney (Beatles)
Numa entrevista para a BBC, o ex-Beatle Paul McCartney relatou que obteve a ajuda do espírito de George Harrison, morto em 2001, para escrever a música “Friends To Go”, do álbum “Chaos and Creation In The Backyard”, gravado em 2005.
“Eu simplesmente tive esse sentimento, isso é George. Eu era como George, escrevendo uma de suas músicas. Eu só escrevi com muita facilidade porque não era eu quem estava escrevendo”.
Paul afirma não saber o significado da faixa, porém devido ao verso “I’ve been sliding down a slippy slope, I’ve been climbing up a slowly burning rope” (tenho deslizado em uma descida escorregadia, tenho escalado uma corda que se queima lentamente) Paul julga que realmente a canção é de George, muito devido a semelhança com as canções compostas pelo músico em vida.


Tony Iommi (Black Sabbath)
Segundo Tony Iommi em uma entrevista para à revista Guitarist Magazine, no começo de 1970 quando a banda decidiu se hospedar no castelo de Clearwell na Floresta de Dean para as sessões de composição do álbum “Sabbath Bloody Sabbath”, puderam pela primeira vez presenciaram uma aparição sobrenatural:
“Estávamos arrumando o equipamento nas masmorras, somente eu, Geezer e Ozzy. Então fomos andando pelo corredor e vimos uma figura encapuzada vindo em nossa direção. Nós pensamos, quem é esse? Ele entrou em uma sala, e nós seguimos para ver quem era e não havia ninguém lá. Nós contamos aos proprietários do castelo sobre o ocorrido, achamos que eles diriam que éramos loucos, mas apenas disseram, ‘Oh, sim, é o fantasma do castelo’”.
Testament
Para a preparação de um novo álbum, os membros do Testament decidiram mudar-se de Oakland (Califórnia), para Pittsburg. A decisão ocorreu, pois, o novo estúdio em Pittburg tinha equipamentos melhores e instalações mais cômodas, porém logo ao chegarem ao local alguns fenômenos estranhos começaram a acontecer.
Incomodados com esses fenômenos a banda lançou uma nota oficial relatando o caso:
“O novo local é um prédio antigo, que já abrigou antes um outro estúdio. Ele tem uma vibração estranha, a sala-de-controle fica bem ao fundo, parece uma catacumba, e muitas vezes ela se desliga sozinha no meio da madrugada”
“O curioso é que nada disso acontece durante o dia. Já investigamos o que pode ser a causa do desligamento da madrugada e não encontramos nenhuma evidência de entrada de pessoas ou mesmo a presença de ratos que pudessem desligar o equipamento. Há um vizinho, um velho aposentado chamado Frank, que garante que é primo do ator Kris Kristofferson e ex-baixista de Willie Nelson. Ele nos contou que o local foi um estúdio de uma banda de jazz de Norman Abercrombie, Frank tocou muitos e muitos anos no estúdio. Mas ele fechou quando o músico se aposentou, no início dos anos 80. Logo em seguida, Norman morreu e seu filho que era um gangster foi assassinado em circunstâncias muito misteriosas. Será que estão aí as respostas para os desligamentos repentinos das madrugadas? ”
Dave Grohl (Foo Fighters)
Dave Grohl afirma que sua casa em Seattle é assombrada pelo espírito de uma mulher indígena. Junto com sua esposa Dave fez algumas perguntas a uma tabua Ouija, uma delas era referente ao que tinha acontecido na casa, a resposta foi estarrecedora: “assassinato”.

Depois de muita pesquisa, Dave descobriu que um bebê nativo americano foi assassinado no final do século 19 por sua mãe e enterrado num poço dentro de sua propriedade, sendo assim, o músico acredita que o espírito desta índia desde então assombra a casa na esperança de conseguir um enterro apropriado para seu filho. Resta agora esperar que Dave procure a ossada desta criança e de a ele um enterro digno!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Monsters of Rock: o saudoso evento de 1998


O festival Monsters of Rock, criado em 1980 pelos promotores Paul Loasby e Maurice Jones, é um evento dedicado exclusivamente a bandas de Heavy Metal, Hard Rock e suas vertentes. O festival acontece anualmente em várias partes do mundo como Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Itália, França, Argentina, ex-União Soviética e, claro, o Brasil.
Aqui, em terras tupiniquins, o primeiro Monsters of Rock aconteceu em 27 de agosto de 1994, no estádio do Pacaembu em São Paulo, tendo como atrações Kiss, Slayer, Black Sabbath, Suicidal Tendencies, Viper, Raimundos, Angra e Dr. Sin. Patrocinado pela empresa Philips, o evento brasileiro recebia o nome de “Philips Monsters of Rock” e trouxe ao nosso país grandes monstros do Rock/Metal mundial.

Uma das edições mais marcantes do evento foi a do ano de 1998. O espetáculo que aconteceu em São Paulo, no dia 26 de setembro na pista de atletismo do Ibirapuera, é considerado por muitos como sendo o melhor dentre todas as edições brasileiras anteriores. Muita controvérsia gira em torno deste tipo de “posição”, já que depende muito do gosto de cada um. Porém, alguns pontos levam a crer quer realmente o Monsters de 1998 foi sim especial, começando pelo fato do evento ter sido o que teve o maior sistema de som que já entrou na América Latina até hoje.
Sendo assim, dezoito anos depois, falarei um pouco sobre os acontecimentos deste inesquecível festival, trazendo aos mais novos as curiosidades deste dia impar e também despertando a nostalgia daqueles que, assim como eu, tiveram a oportunidade de estar presentes no Philips Monsters of Rock de 1998.
Vamos lá:
Com um ano de abstinência, o festival mais importante da América do Sul teve sua quarta edição imortalizada na pista de atletismo do Ibirapuera, diferente de suas edições anteriores que foram todas no estádio do Pacaembu (SP). O festival teve um cast incrível, o que inclusive dificultou muito na escolha do headliner, já que dentre todas as bandas convocadas três delas tinham porte e grandeza para fechar o evento.
Um ponto muito positivo e inédito até então, foi a inclusão (finalmente) de duas atrações nacionais de respeito e história: Korzus e Dorsal Atlântica. Quem viveu na época sabe da luta dessas duas bandas para estar num festival deste porte. Sendo assim, a quebradeira começou logo de cara, exatamente a uma hora da tarde com o Dorsal Atlântica. O grupo despejou clássicos e conquistou a multidão, abrindo sua apresentação com “645” e fechando com a forte “Vitória”. Apresentação incrível! O mesmo pode se dizer do Korzus – é incrível como Pompeu (vocalista) consegue dominar o público. A apresentação foi insana e também repleta de clássicos do grupo.








A primeira atração internacional foi a do “the voice of Rock” Glenn Hughes. Lembro-me que anunciaram o músico antes mesmo da bateria estar pronta, uma pequena gafe porem sem maiores danos. Hughes abriu seu set com “Stormbringer”, além de outras músicas de sua época no Deep Purple, como “You Keep On Moving” e “You Fool No One” por exemplo, além também de faixas solos e do Trapeze. Para finalizar, os presentes foram agraciados com a contagiante “Burn”, deixando todos no local enlouquecidos.


Os próximos a entrar no palco foram os estadunidenses do Savatage. Com um show memorável, o grupo conseguiu agradar. Muitos diziam antes do show que o Savatage “rende“ mais em locais fechados, porém o que se pôde ver foi o contrário: o show do Savatage foi espetacular e fez todos cantarem a plenos pulmões. Lembro-me de ver pessoas na arquibancada chutando as grades de proteção em músicas como “Gutter Bullet” por exemplo, tudo devido à grande emoção. Duvida? Assista ao vídeo abaixo e confira você mesmo!

Um fato inusitado que aconteceu logo após a apresentação do Savatage foi que, de uma hora para outra, o público começou pouco a pouco a se mover para o lado em direção da arquibancada. A multidão foi aumentando cada vez mais… foi então que percebi que Joey Demaio (baixista do Manowar) estava na arquibancada. Com um microfone na mão, Demaio fez um histórico discurso onde agradecia os fãs pela espera da volta do Manowar ao Brasil. Foi simplesmente surreal!

Depois de uma grande pausa, o Dream Theater veio ao Monster com um repertoria fantástico que foi desde “Under Glass Moon” até “Peruvian Skies”. Claro que o clássico “Pull Me Under” não poderia ficar fora do espetáculo, que se encerrou com a sensacional “Metropolis”. Com muita técnica, o grupo conseguiu mostrar que suas músicas funcionam em qualquer ambiente, seja ele mais intimista ou em festivais maiores como o Monster of Rock.


Com muitos assovios no microfone, o Saxon trouxe ao Monsters um clássico após o outro. Faixas como “Dogs of War”, “Unleashe The Beast”, “Motorcycle Man”, “Power and The Glory”, “Princess of The Night” e “Crusader” fizeram São Paulo tremer junto a um coro digno de aplausos. Para aqueles que são fãs de Heavy Metal tradicional, o show do Saxon foi a melhor apresentação da noite.





Uma banda que me chamou muito a atenção nesta edição do Monsters foi, sem dúvida, o Manowar. O grupo tinha prometido voltar para o Brasil após um show cheio de problemas a uns anos atrás. A promessa seria cumprida com requintes de crueldade no Monsters of Rock. Sim, o Manowar conseguiu ser a banda principal, mesmo o headliner oficial sendo o Slayer. Não se falava em outra coisa durante a semana do show. Muitos, aliás, diziam que o correto seria o Manowar fechar o evento.
Antes mesmo da banda pisar no palco, muitas pessoas no local já gritavam “KINGS OF METAL” a plenos pulmões, e quando os primeiros acordes da canção “Manowar” estouraram nos autofalantes, a pista de atletismo do Ibirapuera veio abaixo – era o delírio total. Erick Adams estava numa forma incrível; sua voz estava avassaladora. Pude ver pessoas chorando ao ouvir músicas como “Gates of Valhalla” e “Metal Daze”. Com toda certeza, o show do Manowar foi o melhor da noite.
Muita coisa aconteceu no show do Manowar: discurso, fã tocando com a banda, destruição de guitarra e baixo e até mesmo a presença do filho do jogador Pepe (Santos), que mostrou para mais de 20 mil pessoas seu amor ao Manowar com uma tatuagem do logo da banda nas costas.


Se quiser assistir a essa apresentação histórica na íntegra, o Manowar lançou um DVD chamado “Fire and Blood”, que contém dois discos: o “Heel On Earth Part 2” e o “Blood In Brazil”, que trazem essa incrível apresentação no Philips Monsters of Rock de 1998.


Confesso que depois do show do Manowar, considerei o festival por encerrado, porém ainda tínhamos a apresentação de dois grandes nomes do Thrash Metal mundial: Megadeth e Slayer. O Megadeth subiu ao palco com seriedade e despejou um set grandioso com “Holy Wars”, “Symphony of Destruction”, “A Tout Le Monde” e “Angry Again”. Mustaine com muita competência trouxe para o Monsters um Megadeth incrível e dedicado. A apresentação do grupo ficou com a conhecida dobradinha “Peace Sells” e “Anarchy In UK”. Particularmente, considerei o show do Megadeth um dos melhores da noite. Ouvir Mr. Marty Friedman executando canções clássicas do Thrash Metal é uma coisa que não tem como reclamar.





Chegou a hora dos donos da festa. O Slayer, como sempre, foi monstruoso. Executando uma música em cima da outra, a banda apresentou algumas faixas da tour atual mais alguns clássicos da banda, como “Hell Awaits” (que foi emendada com a “Evil Has No Boundaires”) e “South of Heaven”.
O final da apresentação foi marcado por músicas das antigas. Umas delas foi “Chemical Warfare”, finalizando com a poderosa “Angel of Death”, do clássico “Reign In Blood”.