sexta-feira, 28 de julho de 2017

Rage: épicos da banda (de 1998 a 2017)


Os alemães do Rage acabam de lançar mais um incrível álbum o “Season Of The Black”. Com ele uma peculiaridade bastante explorada pela banda voltou a fazer parte da discografia do grupo, estou falando das músicas com continuação, divididas em duas ou mais partes, porém tocadas em sequência no disco.
A primeira vez que o Rage concebeu esse tipo de composição foi em 1998 no disco “VIII” onde a faixa “Chances” foi dividida em três partes: “Sign of Heaven”, “Incomplete” e “Turn the Page”.

Três anos depois no álbum “Welcome to the Other Side” mais uma vez o Rage trouxe esse tipo de “épico”, agora com a ajuda do incrível Victor Smolski. A faixa “Tribute to Dishonour” é dividida em quatro partes: “R.I.P.” (Tribute to Dishonour, Pt. 1) “One More Time” (Tribute to Dishonour, Pt. 2) “Requiem” (instrumental; Tribute to Dishonour, Pt. 3) e “I’m Crucified” (Tribute to Dishonour, Pt. 4).

O álbum “Soundchaser” de 2003 foi o responsável por eternizar os clássicos: “Wake the nightmares” (falling from grace parte1) e “Death is on it’s way” (falling from grace parte2).

Em 2006 com a ajuda da “Lingua Mortis Orchestra” o excelente álbum “Speak of the Dead” trouxe o épico “Suite Lingua Mortis” dividido em oito partes: “Morituri Te Salutant” (Instrumental) “Prelude of Souls” (Instrumental), “Innocent”,”Depression” (Instrumental), “No Regrets”, “Confusion” (Instrumental), “Black” (Instrumental) e “Beauty”.



Quatro anos após o estrondoso sucesso de “Speak of the Dead” o Rage lança mais uma obra de arte, o disco “Strings to a Web”, e com ele mais um épico, a faixa “Empty Hollow”, com cinco partes: “Empty Hollow” – “Strings to a Web”, “Fatal Grace”, “Connected” e “Empty Hollow (Reprise)”.



O mais recente trabalho do grupo “Seasons of the Black” (como dito no início deste texto) trouxe a ótima faixa “The Tragedy Of Man” dividida em quatro partes: “Gaia”, “Justify”, “Bloodshed In Paradise” e “Farewell”.

domingo, 9 de julho de 2017

Jornalismo: revistas de Rock/Metal – Parte 2




Dando continuidade a matéria: “Jornalismo: revistas de Rock/Metal”, trarei nesta segunda parte revistas que julgo ser de grande importância ao jornalismo Rock no país. Diferente da primeira parte, não farei uma ordem cronológica, mais sim destacarei cada revista isoladamente.
Dynamite
Em abril de 1992 saiu o primeiro exemplar da Revista “Dynamite”, porém a mesma já tinha sido lançada no formato de fanzine duas edições atrás. O fanzine pertencia a um bar Rock que se chamava “Dynamo” e ficava perto do Mackenzie, no centro de São Paulo.
A revista abordava várias vertentes do Rock, com maior destaque ao Indie Rock e Hardcore, destacando sem medo as bandas independentes, principalmente as nacionais.
A “Dynamite” deixou de ser impressa em 2008, passando a ser distribuída gratuitamente em PDF dentro do Portal Dynamite Online.


Metal Head
Nascida em outubro de 1994, a “Metal Head” desde o princípio teve a premissa em cobrir de várias formas tudo relacionado ao mundo do Heavy Metal. Eventualmente outras vertentes “pesadas” do rock como o Punk Rock e o Hard Rock também eram publicadas.
A “Metal Head” foi uma das revistas mais populares do estilo no país, trazendo edições especiais, pôsteres e edições com traduções discográficas.
A revista dispunha de matérias sobre artistas específicos, mesclando novidades com bandas clássicas, trazendo inclusive discografia comentada de uma das bandas homenageadas, e claro, páginas dedicadas à divulgação de bandas iniciantes e fitas/CDs Demo.
A revista ainda manteve durante um tempo duas páginas falando sobre tatuagem, mas o assunto acabou ganhando uma publicação própria, a Metal Head Tattoo.

Metal Massacre
Publicada inicialmente em 2003 pela editora escala (mesma da Metal Head), a “Metal Massacre” se diferenciava das demais revistas de Rock em circulação pela ausência de críticas de CDs, Vídeos ou DVDs. A ideia era frisar mais no artista, trazendo várias páginas falando sobre um musico especifico desenvolvendo mais o texto através de históricos e curiosidades.

Roadie Crew
A “Roadie Crew” com certeza é hoje a revista de Rock/Metal mais importante do país. Lançada em 1997, além de publicações nacionais a “Roadie Crew” também é vendida abertamente em Portugal.
A “Roadie Crew” forjou seu nome na história do jornalismo Rock do país com uma linguagem que atinge todos os públicos dentro do estilo proposto, estilo que logo pela capa pode ser desvendado através de um selo que diz: “Aviso, Heavy Metal explícito”, não deixando dúvidas ao leitor sobre sua temática. Atualmente, por abranger vários estilos dentro do Rock, a revista trocou a famosa frase por: “Heavy Metal e Classic Rock”.
Das 88 páginas coloridas da revista, 30% são de anúncios, em sua grande maioria de gravadoras ou marcas de equipamentos musicais. Do restante, aproximadamente 40% (25 páginas) são ocupadas por entrevistas. Os outros 60% são divididos entre críticas de CDs e DVDs (seis páginas), noticiário do último mês (duas páginas), espaço para bandas independentes e “demos” (uma página), pôster destacável (quatro páginas), cartas (duas páginas), colunas opinativas (duas páginas) e matérias, geralmente duas ou três por edição (seis páginas em média), claro que alguns destes números podem variar, porém não fogem muito desta métrica.

Valhalla Metal Magazine
A “Valhalla” em minha opinião é uma das revistas mais importantes de Rock/Metal a ser lançada aqui em solo Brasileiro, pois foi uma das poucas que atingiu vários feitos, ajudando inclusive o Heavy Metal nacional a chegar onde está hoje em dia. A “Valhalla” também surgiu no formato de fanzine no ano de 1996 e com muita força de vontade conseguiu se manter durante um bom tempo entre as revistas mais populares do estilo no país, inclusive sendo pioneira em trazer grandes bandas para o interior, como por exemplo a primeira vez do ex- Iron Maiden Paul Dianno no Brasil.
A história desta revista é tão rica que farei uma matéria somente com a “Valhalla Metal Magazine”, por enquanto curtam o documentário contando um pouco a história desta grande revista:https://vimeo.com/170790681

Rock Press
Nascida em 1995 inicialmente no formato tabloide preto e branco, a “Rock Press” trazia  uma maior gama de noticias relacionadas a bandas de Indie Rock, além de direcionar uma maior atenção a cena nacional, com resenha dos lançamentos de gravadoras independentes.
A “Rock Press” era vendida nas capitais da região sudeste e para algumas cidades do interior do Rio de Janeiro e São Paulo, fazendo assim uma ponte entre bandas nacionais.

Após o surgimento destas revistas citadas acima, o jornalismo Rock do país com  muito capricho e profissionalismo abriu caminho para que várias outras editoras decidissem lançar revistas dedicadas ao Rock/Metal, um exemplo é a revista “Planet Metal” da editora HMP. A revista dispunha de um super brinde, um CD coletânea com bandas nacionais e internacionais do estilo.
Uma outra revista que ficou bastante popular foi a “Rock Underground” do editor Júlio Cesar Bocater, e também a “Rock in Especial” da editora Sampa. Duas revistas que não posso deixar de citar e a “Comando Rock” Nascida em março de 2004 na editora 9 de julho e a linda “Metal” que foi muito popular, porém não consegui achar quase nada em relação a essa revista. Se você leitor souber algo sobre essa revista (ou alguma importante que deixei de fora) deixa ai nos comentários que rapidamente atualizarei o texto.



Fontes:
-TCC  Rock em revista: “o jornalismo Rock no Brasil” de Rafael Machado Saldanha
(Aluno do Curso de Comunicação Social) Monografia apresentada à banca examinadora na
disciplina Projeto Experimental II.
Orientador acadêmico: Prof. Rodrigo Barbos
-Zinil (2006) O Rock ‘n’ Roll e as revistas : “o casamento perfeito” de Vladimir José Ribeiro