quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Stygma IV : O maior expoente Austríaco de Power Metal



Em 1996 na cidade de Salzburg – Áustria, o guitarrista e tecladista Günter Maier decide mudar o nome de sua banda, o BIG HEAT, para STIGMATA. Mesmo com o Big Heat recebendo um certo reconhecimento, tendo inclusive lançado dois álbuns oficiais, “Scenes of Fire” de 1992 e “Grand Ominous Dreams” de 1995, Günter Maier opta por mudar o nome, já que as linhas musicais do grupo estavam seguindo um “punch” mais Heavy, no qual, o nome Stigmata seria mais viável.
Sendo assim, o grupo formado por RITCHIE KRENMAIER (Voz), GÜNTER MAIER (Guitarra e Teclados), ALI HILZENSAUER (Baixo), HERB GREISBERGER (Bateria), edita a arte da capa de “Grand Ominous Dreams”, e relançam o álbum como Stigmata. O disco em questão é simplesmente matador, repleto de ótimas linhas de guitarras e marcantes frases vocais, “Grand Ominous Dreams” é um verdadeiro petardo. Músicas longas como Spirits Rising, The Fool e a linda The Edge, já transpiravam o propósito do grupo com genialidade.

Após a mudança do nome, tudo corria de vento em popa, até que uma banda, também chamada Stigmata, entra na justiça reclamando ser dona da marca, então, para evitar o processo, o grupo decide acrescentar o apêndice “IV” (quatro em número Romano), ao nome, fazendo uma referência aos quatro membros da banda, e permeando uma analogia em torno das chagas dos estigmatizados.
Em questão de curiosidade, os estigmatizados (religiosamente falando), são pessoas que adquirem as marcas da crucificação de Jesus Cristo, como a ferida causada pela coroa de espinhos, os ferimentos nos punhos e pés, além do corte no tórax. O primeiro estigmatizado registrado na história foi São Francisco de Assis, porém, o mais conhecido creio ser São Pio de Pietralcina, cujos estigmas foram analisados por médicos e estudiosos.
Como STIGMATA IV, a banda lança em 1998 pela gravadora alemã Noise Records, o disco “Solum Mente Infirmis”, que definitivamente definiu o estilo do grupo. Músicas complexas e bem compostas como as grandes Sacred Man e In Your Eyes, ignoram completamente o lado comercial, mostrando uma banda integra e sem floreios modistas. Com “Solum Mente Infirmis” a banda ganha total confiança da gravadora, tanto que lançam no mesmo ano o magnifico “The Court of Eternity”, disco este que é considerado por muitos como sendo a obra prima do conjunto.


“The Court of Eternity” colocou o Stigmata IV no mesmo patamar dos grandes nomes do Power Metal mundial, mais como nem tudo nessa vida são flores, um novo processo referente a patente do nome assolou a banda, e para solucionar de vez esse problema, optam por substituir Stigmata IV por Stygma IV, mantendo em parte a ideologia do nome, e resolvendo de vez o problema judicial.
Mesmo íntegros em suas composições, a nova mudança de nome deixou um pouco a popularidade do grupo em baixa, creio que muitos, inclusive as mídias especializadas, demoraram a assimilar mais uma mudança. Em 2001, a banda lança pelo pequeno selo alemão Rising Sun, um incrível disco intitulado “Phobia”, que manteve o padrão de “The Court of Eternity”, porém sem a mesma força de divulgação. O disco traz músicas lindas como Dying e Gethsemane, que somadas a petardos como Inhumanity e Madness dão um ar diferencial a obra. Vale lembrar que “Phobia” conta ainda com um excelente cover para a canção 22 Acacia Avenue do Iron Maiden”, além de uma interessante versão para “I.N.R.I. (overture to Jesus Christ Superstar)” do lendário musical da Broadway – Jesus Christ Superstar.

Em 2002 a banda lança, também pela Rising Sun Records, o álbum “The Human Twilight Zone”. O disco mais uma vez mantem o alto padrão nas composições, provando que a banda sempre teve o diferencial dos grandes. Faixas fenomenais como Calculation Towers, The Void e The Human Twilight Zone, são de cunho grandiosos, aliás, o disco todo decorre com grandeza, destilando linhas vocais caprichadas e de apego sentimental, todas acompanhadas por excelentes e inspiradas bases de guitarra e baixo. Dois anos após o lançamento de “The Human Twilight Zone” a gravadora S.A.D. Music decide relançar o disco, porém com uma capa diferente da arte original.

Os dois álbuns lançados como Stygma IV, deu a banda um gás a mais, e para consolidar essa energia, decidem então lançar em 2003, de forma independente, um disco ao vivo chamado “A History in Pain – Live”. O registro contem pouco mais de 72:00 minutos e traz músicas de todas as fazes da banda.

O último álbum de inéditas a ser gravado pelo Stygna IV, é sem dúvida nenhuma uma obra prima metálica, “Hell Within” foi lançado em outubro de 2004 pela gravadora francesa NTS e mostra todo o feeling do grupo. Em “Hell Within” podemos perceber uma banda madura que executa com precisão a ideia proposta, em minha opinião, “Hell Within” e “The Court of Eternity” são as melhores obras da banda, figurando-se entre as mais inspiradas na história do Power Metal mundial. No final do ano de 2004, a gravadora S.A.D. Music relança o disco em formato digipack com a arte da capa diferente e em copias limitadamente numeradas, o disco também trazia um belo cover para a canção “Music” do cantor, guitarrista e tecladista inglês John Miles.

O Stygma IV é sem dúvida nenhuma o maior expoente do gênero na Áustria, que infelizmente, depois do lançamento de “Hell Within”, decidiu encerrar suas atividades devido aos problemas de saúde do baterista Herb Greisberger.
Mesmo com muita dificuldade, o Stygma IV se mostrou superior, e com genialidade, brindou seus ouvintes com músicas viscerais e marcantes. Em 2005 uma coletânea chamada “Rotting Corpses” foi lançada pelo grupo de forma independente, o disco foi disponibilizado somente via Web pelo site da banda, a coletânea na verdade é uma compilação de faixas raras e regravações, contendo inclusive dois covers, uma para “Heaven and Hell” do Black Sabbath e outra para “I’m A King Bee” de Slim Harpo.
Se existe uma banda importante para o cenário metálico Austríaco, ela com certeza se chama Stygma IV, mesmo com muitas mudanças no nome, o grupo soube se manter integro e nunca baixou a cabeça. Resta agora a torcida para que o grupo volte, pois bandas assim, jamais devem ser enterradas pelas areias do tempo.
Assista os vídeos abaixo e conheça um pouco mais sobre a banda:



Iron Maiden: Músicas da era Blaze Bayley cantadas por Bruce Dickinson


Quando o vocalista decide deixar a banda, uma grande incógnita passa a rondar o futuro da mesma, principalmente quando esse vocalista gravou os discos mais populares do grupo. Muitas vezes uma parcela do público acaba torcendo o nariz para o substituto, e por consequência, condenam os trabalhados gravado pelo músico recém chegado.
O Iron Maiden passou duas vezes por isso, ambas devido a Bruce Dickinson. Quando Bruce substituiu o então vocalista Paul Di’Anno, vários fãs criticaram a entrada do frontman, porem, o primeiro registro em estúdio do músico com a banda, foi simplesmente magnifico, e os fãs mais críticos acabaram dando o braço a torcer, tanto que Bruce virou um ícone.
Os anos se passaram, e Bruce decide então deixar a donzela, trazendo novamente para o Iron Maiden os velhos problemas de outrora. É ai que entra na jogada Mr Blaze Bayley, que entra para banda e não agrada o público, mesmo assim, dois discos foram gravados com ele, discos estes, que em minha opinião são excelentes, apesar de controversos.
Como muitos de nós sabemos, a estadia de Blaze não foi muito boa, problemas extra palco como o acidente de motocicleta que lesionou gravemente seu joelho e adiou o início da turnê de The X Factor, mais alguns problemas de saúde, acabaram causando sua demissão em 1999.
“Era uma época diferente para o Iron Maiden. A indústria da música estava mudando, os MP3s estavam chegando, o hardware estava começando a desaparecer. As vendas de CDs estavam caindo para todos ao redor do mundo e era uma época em que muitos fãs antigos do Maiden não queriam Blaze Bayley nos vocais, e lá estava eu, procurando letras e músicas para o terceiro álbum, o que eu pensava com meu tolo coração: ‘Esse aqui vai mudar as coisas.’ Os fãs vão pensar: ‘Agora nós entendemos porque Blaze está aqui. Isso é realmente bom.’ Mas eu não tive essa chance.” explicou Bayley.
Blaze Bayley não teve esta chance, porem deixou na história do Maiden músicas excelentes, tanto que algumas delas viraram clássicos. Logo após sua demissão, Bruce Dickinson retorna ao Iron Maiden e acerta as coisas. É inegável a qualidade técnica de Bruce, porém, como será que ele se sairia cantando músicas da era Blaze? Acredite, muito bem! vamos a algumas delas:
1- Man On The Edge


2- Lord Of The Flies


3- Sign Of The Cross


4- Futureal


5- The Clansman