quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

PMRC: quando o Rock foi censurado



O Rock/Metal sempre foi alvo de falsos moralistas, conservadores e grupos que julgam sem entender o que o “estilo” propõe. Prova disso são as inúmeras tentativas de proibição e censura que o mesmo recebeu desde sua popularização. São vários os casos, o mais notório veio dos Estados Unidos na metade dos anos 80, onde um grupo chamado PMRC formado por esposas de influentes políticos de Washington tentaram censurar o Rock/Metal causando um grande alvoroço no meio musical.
Tiper Gore, esposa do então senador Al Gore, começou a julgar “vulgar” e “indecente” algumas letras de Rock e Heavy Metal afirmando que muitas delas eram má influência para os jovens. Sendo assim, tratou de juntar suas amigas (mulheres com maridos em cargos importantes como por exemplo o secretário do tesouro e o presidente do conselho civil de Washington), para a criação de uma frente de combate chamada “PMRC” (Parents Music Resource Center). O grupo tinha como objetivo alertar e informar o público sobre as letras sexualmente explicitas, violência e incitação ao uso de drogas existente em várias músicas de Rock/Metal.
A PMRC afirmava que o aumento de estupros e suicídios era devido ao Rock, o argumento baseava –se na estreita distância entre as letras e esses acontecimentos. Para provar sua “teoria” usaram de exemplo as músicas “Suicide Solution” de Ozzy Osbourne, “Don’t Fear The Reaper” do Blue Öyster Cult e “Shoot To Thrill” do AC/DC.
A má interpretação de texto e principalmente a falta de apego a uma cultura diferente da sua, fez com que a PMRC julgasse tais músicas erroneamente.”Suicide Solution” por exemplo não faz incitação ao suicídio. A canção na verdade foi escrita em homenagem a Bon Scott que morreu pelo exagero na bebida, no caso a “solução” citada na faixa era uma representação do álcool, que no caso é uma solução líquida. Como sabemos, o Rock/Metal é cheio de metáforas e isso acabou “embaralhado” a mente dos membros da PMRC.

A primeira medida tomada pelo comitê foi enviar uma carta oficial à RIAA (Recording Industry Association of America), com a assinatura de vinte esposas de políticos influentes. A carta pedia para que a indústria musical desenvolvesse um método de avaliação moral das músicas. A RIAA foi totalmente contra esse procedimento fazendo com que a PMRC buscasse ajuda na mídia. Sendo assim, o grupo publicou no Washington Post uma lista com seis exigências de Tipper Gore e Susan Baker, são elas:
1 – Imprimir letras nas capas dos álbuns;
2 – Manter capas explícitas embaixo das prateleiras;
3 – Estabelecer um sistema de classificação similar as dos filmes;
4 – Estabelecer um sistema de classificação para vídeos;
5 – Reavaliar o contrato de músicos que empregam violência e conteúdo sexual explícito nos palcos;
6 – Estabelecer uma vigilância da mídia por cidadãos e gravadoras, que pressionaria os meios radio difusores a não levar ao ar “talentos-questionáveis”.
O resultado foi a exclusão de discos de Rock/Metal das lojas, além de boicotes em revistas especializadas, um absurdo que fez com que em agosto de 1985 algumas gravadoras (19 num todo) aceitassem colocar nos álbuns o adesivo “Parental Advisory: Explicity Lyrics” (Aviso aos pais, letras explícitas). Neste meio tempo, o senado concordou em realizar uma audiência pra ouvir ambas as partes, foi então que em nome da liberdade artística os músicos Frank Zappa, John Denver e Dee Snider (vocalista do Twisted Sister) puderam se defender dos ataques da PMRC.

Durante a audiência, uma parcela maior da sociedade pôde conhecer os músicos que até então julgavam ser burros e devassos. Ao contrário do que pensavam, nenhum deles eram cordeiros prontos para serem abatidos, mais sim lobos devoradores de ignorantes. Vou deixara abaixo um trecho da defesa de Dee Snider, do Twisted Sister:
“A Sra. Gore disse que uma de minhas músicas, ‘Under The Blade’, encoraja ao sadomasoquismo, servidão e estupro. As letras que ela citou não têm absolutamente nada relacionado com estes assuntos. Ao contrário, as letras em questão são sobre cirurgia e o medo que ela causa nas pessoas. Como o criador de ‘Under The Blade’, eu posso dizer categoricamente que… o único sadomasoquismo, servidão e estupro nesta música estão na cabeça da Sra. Gore.”
 -A respeito da acusação de garotos usarem camisetas do Twisted Sister com desenhos de mulheres algemadas em posições de sadomasoquismo:
“Isso é uma mentira completa. Nós não apenas nunca vendemos uma camiseta desse tipo; nós temos sempre levados grandes dores para nos mantermos limpos de sexismo em nosso merchandising, álbuns, palcos, show e vida pessoal. Além disso, nós temos sempre promovido a crença de que o Rock ‘n’ Roll não deveria ser sexista, mas deveria satisfazer a homens e mulher igualmente.
“Eu sinto que uma acusação desse tipo é irresponsável, danosa à nossa reputação, e caluniosa. Eu desafio a Sra. Gore a produzir tal camiseta para dar razão à sua crítica. Eu estou cansado de encontrar garotos na rua que me dizem que não podem tocar nossos álbuns mais por causa das informações enganosas têm sido fornecidas a seus pais pela PMRC na TV e nos jornais.
“A beleza da literatura, poesia, e música é que eles deixam espaço para sua audiência colocar sua própria imaginação, experiências, e sonhos em palavras. Os exemplos que eu citei antes mostraram clara evidência da música do Twisted Sister sendo mal interpretada e injustamente julgada por adultos supostamente bem informados. ”

Em 1º de novembro de 1985, antes de a audiência acabar, a RIAA aceitou colocar o adesivo “Parental Advisory: Explicit Lyrics” nos álbuns. Os rótulos eram genéricos, diferentemente da ideia original de se colocar um rótulo para cada tipo de letra explícita.
Com o passar do tempo esses adesivos apelidados de “Tipper Sticker” (adesivo Tipper) foram acabando e perdendo o seu valor inicial.
Confira a famosa lista “Filthy Fifteen” (“Quinze Asquerosas”), divulgada pela PMRC:

A PMRC advogou também contra as supostas backmasking subliminar (mensagens subliminares) nas gravações, dentre as bandas acusadas temos Led Zeppelin, Rush, Pink Floyd e Queen. O comitê afirmava que as bandas usavam das backmasking subliminar para promover o satanismo e uso das drogas.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Sobrenatural: conheça 10 casos paranormais envolvendo o Rock/Metal (Parte 2)


Dando continuidade aos “10 casos paranormais envolvendo o Rock/Metal”, trarei mais cinco casos sobrenaturais e espirituais envolvendo figuras do nosso vasto mundo do Rock/Metal. Se você não viu a primeira parte é só entrar no link abaixo:


Alice Cooper e Joe Perry
O Alice Cooper sozinho já merecia um lugar nesta matéria, já que a escolha de seu nome artístico (Alice na verdade chama-se Vincent Damon Furnier), foi inspirado por um espírito através de uma tábua ouija. porém o caso que vou citar envolveu Alice Cooper e o guitarrista do Aerosmith Joe Perry.
Alice e Joe chegaram a morar juntos durante um pequeno período para à composição de novas canções. O local escolhido foi uma fazenda ao norte de Nova Yorque, e lá, vários acontecimentos estranhos aconteciam rotineiramente. Alice diz que sempre as portas e gavetas dos armários e cômodas se fechavam sozinhas, além de ouvirem moveis se arrastando com frequência no porão, isso sempre quando Joe e Alice estavam jantando. Joe também relata que sua jaqueta nunca estava onde ele a deixava, fazendo ambos indagar se realmente estavam sozinhos naquele lugar. Um tempo depois os músicos descobriram que a casa em que estavam era a mesma onde Jay Anson escreveu The Amityville Horror: A True Story.
King Diamond
Durante uma entrevista para a Team Rock, Kind Diamond contou que seu apartamento na Dinamarca era assombrado e que James Hetfield e Lars Ulrich (Metallica), durante uma visita puderam presenciar alguns fatos sobrenaturais do local, acompanhe a entrevista:
King: “Eu me lembro de uma noite James e Lars terem vindo ao meu apartamento e estávamos todos bebendo com Timi (“Grabber” Hansen, baixista do Mercyful Fate) e uma garota norte-americana da Califórnia que estava fazendo uma visita. Era meu apartamento assombrado”.
“Eu tinha um apartamento pequeno que ficava no último andar e era super assombrado. Vivi lá por alguns anos e muitas pessoas experimentaram coisas estranhas no apartamento. Não apenas quando estávamos bêbados, acontecia o tempo todo. Mas naquela noite específica, Timi estava com aquela garota que ele conheceu na Califórnia. Ele não tinha contado para ela que tinha uma namorada na Dinamarca, então quando ela veio ver a gente não pôde ficar com Timi, então ela ficou em meu apartamento”.
“Eu dormia no sofá da sala e ela usava minha cama. Nesta noite Timi estava com a garota no sofá e havia várias garrafas na mesa. Havia uma mesa de pebolim em meu quarto onde estávamos jogando eu, Lars e James, quando de repente ouvi aquele barulhão, como se coisas estivessem sendo jogadas, como se Timi tivesse se levantado tão embriagado e tivesse despencado sobre a mesa com as garrafas. Abri a porta e perguntei ‘Que diabos está acontecendo?’ e vi que ele estava imóvel no sofá com a garota, que estava mais branca que uma folha de papel. Perguntei ‘o que está acontecendo cara, o que acontece?’ e quando olhei pra minha esquerda, onde havia um altar com tudo quanto é tipo de coisa, vi que tudo estava jogado ao chão. Disse ‘ah, ok, são eles, não se preocupem, está tudo bem, tudo sob controle. Eu cato tudo isto no chão, continuem o que estavam fazendo”.
“Comecei a catar tudo e colocar de volta no lugar. Uma ou duas horas mais tarde aquela garota – seu nome era Anita – foi ao banheiro. Depois de vinte minutos fui ver o que estava acontecendo e se estava tudo ok com ela. Ouvi que ela estava chorando, e perguntei ‘o que aconteceu?’ ‘Está tudo bem?’ ‘Aconteceu alguma coisa?’ e ela respondeu ‘Não consigo sair. Alguma coisa me atacou e não consigo sair, a porta está trancada’. Girei a maçaneta e a porta simplesmente se abriu. Fui até a garota e ela me disse novamente que havia algo atacando-a. Tivemos que tirá-la do apartamento. Creio que James e Lars nunca se esquecerão das coisas voando das estantes do nada naquela noite”.
Meat loaf
O grande músico e ator norte americano Meat Loaf ao responder uma pergunta para o site da revista ShortList referente seus conceitos de vida após a morte, relatou ser regularmente visitado por seres sobrenaturais:
“Acredito que há algo além da vida. Já vi fantasmas, estive entre eles. Alguns são apenas energias que ficaram para trás, outros possuem inteligência. Conversei com alguns usando medidores de tensão do ambiente que os permitem responder sim ou não”.
Na mesma entrevista Meat Loaf disse que durante as gravações do álbum Bat Out Of Hell de 1977, vivenciou uma experiência muito estranha:
“Estava no estúdio e vi aquela garota loira, de vestido branco. Desci a escada e falei para os caras da banda que tinha uma groupie na varanda. Responderam: ‘como é que ela conseguiria ir parar lá? ’ Subiram todos e lá não tinha ninguém”.
Bret Michaels (Poison)
O vocalista do Poison Bret Michaels, nunca escondeu acreditar em fantasmas, isso ocorreu depois que o frontman viu por duas vezes o espirito de sua avó:
“Eu acredito absolutamente, com certeza, vi uma aparição… Eu senti a presença de alguém chegar e colocar suas mãos sobre meus ombros. Foi uma sensação de calor. Era quase como um amigo. Quando me virei, vi que era a minha avó”
Isso ocorreu quando Bret tinha 17 anos, o musico julga que esse acontecimento o encorajou a abandonar a vida que levava, já que daquela forma nada de bom poderia acontecer:
“Fiquei muito assustado, mas quando penso nisso, penso em como me motivou, me mostrou que aquela vida com aqueles amigos não me levaria a lugar algum, eu precisava muito de algum sinal e naquele dia eu tive. ”
Segundo Bret, anos depois sua avó tornou a aparecer, desta vez para deixar uma mensagem de amor à sua família, e também lhe parabenizando por sua carreira bem-sucedida.
Vince Neil (Mötley Crüe)
Vince Neil vocalista do Mötley Crüe relatou ter passado por várias experiências sobrenaturais, uma notória é referente a morte de sua filha de 5 anos que faleceu em 1995 devido a um câncer.
“Depois que a enterramos me afundei em drogas e álcool. Eu não ligava mais para a banda, nem amigos ou família, eu queria morrer. Eu senti que ela estava esperando por mim, e o único lugar que eu queria ir era para ela. Em uma noite eu estava deitado na cama com seu cobertor, ainda desejando morrer. Senti um pequeno puxão no cobertor. Acordei, abri meus olhos e a porta estava aberta. Me assustei muito, não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que era ela. ”
Vince então foi com a filha para uma sala e juntos começaram a brincar e decoraram com flores de papel um vestido que a menina tinha. Depois dos bons momentos a garotinha disse para o pai que precisa ir embora e desapareceu. Vince acaba adormecendo ali mesmo, e pela manhã encontra o mesmo vestido que havia decorado com a filha. Comovido, o fato fez com que o músico retoma-se sua vida normalmente, pois sentiu que a menina foi visita-lo para lhe salvar de uma profunda depressão e dor.
O fato encorajou o vocalista criar a Fundação Skylar Neil, que trabalha com pesquisas médicas buscando a cura para o câncer, AIDS e várias outras doenças.
Acredita em coisas sobrenaturais? deixe nos comentários sua opinião! 

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Sobrenatural: conheça 10 casos paranormais envolvendo o Rock/Metal (Parte 1)


O Rock/Metal a muito é acusado de ser “coisa do Diabo”. A máxima parte de uma parcela conservadora da sociedade que muitas vezes não entende a proposta existente na temática (seja ela musical, ou visual), da banda. O fato é que sim, existe mesmo bandas que assumidamente são devotas do maligno, porém a grande maioria apenas usa o tema como simbologia para poder expressar seu descontentamento, ou mesmo para ambientar seu tema fictício.
Muitas lendas sobrenaturais rondam os palcos e bastidores do mundo do Rock/Metal, um exemplo recente aconteceu numa apresentação do Guns ’n’ Roses em Houston. Quando Axl Rose executava no piano a canção “November Rain”, notas desafinadas começaram a soar do nada, o frontman logo percebe e começa a balançar a cabeça e pergunta: “que merda é essa?”, interrompendo a apresentação. Porém, os sons agudos e desafinados de piano continuam mesmo sem ninguém tocar. Numa forma brincalhona Axl diz não se importar com “fantasmas, desde que eles saibam tocar a merda da música. ”
Confira um vídeo explicando o caso:

Esse não é um caso isolado. Muitos músicos já vivenciaram situações parecidas ou mesmo mais obscuras e misteriosas. Alguns fãs também relatam ser atormentados e influenciados por coisas sobrenaturais existentes em músicas ou algo relacionado a uma banda especifica, tanto que durante uma pesquisa que fiz sobre o casal Warren (Ed e Lorrain Warren investigavam casos paranormais relativos a possessões e assombrações), descobri que no seu “museu” de coisas assombradas (que na verdade é um deposito de objetos amaldiçoados retirados dos infortunados), pode se notar um poster do Iron Maiden, mais especificamente do disco “The X Factor”, com certeza o pôster esteve presente em algum caso sobrenatural.

Sendo assim, hoje trarei aqui para vocês, nesta primeira parte, cinco casos sobrenaturais e espirituais envolvendo figuras do nosso vasto mundo do Rock/Metal.
Sammy Hagar (Van Halen)
O excelente vocalista que também já tocou com Montrose e Chicken Foot, passou por uma experiência estarrecedora. Aos vinte anos de idade Sammy ouviu alguém batendo em sua porta, era noite e o músico não espera por ninguém, ao abrir ficou chocado ao ver que era seu pai totalmente bêbado. Sammy nunca se deu muito bem com seu pai devido a seu alcoolismo, já que ele sempre se metia em brigas e escândalos, Sammy o expulsou aos chutes com medo de que ele fizesse um novo escândalo e acordasse todo mundo. Depois do ocorrido o músico decide voltar a deitar, porém novamente alguém volta a bater em sua porta, desta vez era um dos companheiros de banda avisando que sua irmã havia ligado e que seu pai foi encontrado morto debaixo do banco de um parque, no sul da Califórnia. O problema era que Sammy residia ao norte da Califórnia, ou seja, a 705 km de distância do local da morte de seu pai.
“Eu não pude dizer nada à minha irmã, foi estranho, era o meu pai. Foi tudo muito físico e real. Lamento não o ter deixado entrar. Acredito que ele tenha saído do corpo e quis me ver.”
Paul McCartney (Beatles)
Numa entrevista para a BBC, o ex-Beatle Paul McCartney relatou que obteve a ajuda do espírito de George Harrison, morto em 2001, para escrever a música “Friends To Go”, do álbum “Chaos and Creation In The Backyard”, gravado em 2005.
“Eu simplesmente tive esse sentimento, isso é George. Eu era como George, escrevendo uma de suas músicas. Eu só escrevi com muita facilidade porque não era eu quem estava escrevendo”.
Paul afirma não saber o significado da faixa, porém devido ao verso “I’ve been sliding down a slippy slope, I’ve been climbing up a slowly burning rope” (tenho deslizado em uma descida escorregadia, tenho escalado uma corda que se queima lentamente) Paul julga que realmente a canção é de George, muito devido a semelhança com as canções compostas pelo músico em vida.


Tony Iommi (Black Sabbath)
Segundo Tony Iommi em uma entrevista para à revista Guitarist Magazine, no começo de 1970 quando a banda decidiu se hospedar no castelo de Clearwell na Floresta de Dean para as sessões de composição do álbum “Sabbath Bloody Sabbath”, puderam pela primeira vez presenciaram uma aparição sobrenatural:
“Estávamos arrumando o equipamento nas masmorras, somente eu, Geezer e Ozzy. Então fomos andando pelo corredor e vimos uma figura encapuzada vindo em nossa direção. Nós pensamos, quem é esse? Ele entrou em uma sala, e nós seguimos para ver quem era e não havia ninguém lá. Nós contamos aos proprietários do castelo sobre o ocorrido, achamos que eles diriam que éramos loucos, mas apenas disseram, ‘Oh, sim, é o fantasma do castelo’”.
Testament
Para a preparação de um novo álbum, os membros do Testament decidiram mudar-se de Oakland (Califórnia), para Pittsburg. A decisão ocorreu, pois, o novo estúdio em Pittburg tinha equipamentos melhores e instalações mais cômodas, porém logo ao chegarem ao local alguns fenômenos estranhos começaram a acontecer.
Incomodados com esses fenômenos a banda lançou uma nota oficial relatando o caso:
“O novo local é um prédio antigo, que já abrigou antes um outro estúdio. Ele tem uma vibração estranha, a sala-de-controle fica bem ao fundo, parece uma catacumba, e muitas vezes ela se desliga sozinha no meio da madrugada”
“O curioso é que nada disso acontece durante o dia. Já investigamos o que pode ser a causa do desligamento da madrugada e não encontramos nenhuma evidência de entrada de pessoas ou mesmo a presença de ratos que pudessem desligar o equipamento. Há um vizinho, um velho aposentado chamado Frank, que garante que é primo do ator Kris Kristofferson e ex-baixista de Willie Nelson. Ele nos contou que o local foi um estúdio de uma banda de jazz de Norman Abercrombie, Frank tocou muitos e muitos anos no estúdio. Mas ele fechou quando o músico se aposentou, no início dos anos 80. Logo em seguida, Norman morreu e seu filho que era um gangster foi assassinado em circunstâncias muito misteriosas. Será que estão aí as respostas para os desligamentos repentinos das madrugadas? ”
Dave Grohl (Foo Fighters)
Dave Grohl afirma que sua casa em Seattle é assombrada pelo espírito de uma mulher indígena. Junto com sua esposa Dave fez algumas perguntas a uma tabua Ouija, uma delas era referente ao que tinha acontecido na casa, a resposta foi estarrecedora: “assassinato”.

Depois de muita pesquisa, Dave descobriu que um bebê nativo americano foi assassinado no final do século 19 por sua mãe e enterrado num poço dentro de sua propriedade, sendo assim, o músico acredita que o espírito desta índia desde então assombra a casa na esperança de conseguir um enterro apropriado para seu filho. Resta agora esperar que Dave procure a ossada desta criança e de a ele um enterro digno!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Monsters of Rock: o saudoso evento de 1998


O festival Monsters of Rock, criado em 1980 pelos promotores Paul Loasby e Maurice Jones, é um evento dedicado exclusivamente a bandas de Heavy Metal, Hard Rock e suas vertentes. O festival acontece anualmente em várias partes do mundo como Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Itália, França, Argentina, ex-União Soviética e, claro, o Brasil.
Aqui, em terras tupiniquins, o primeiro Monsters of Rock aconteceu em 27 de agosto de 1994, no estádio do Pacaembu em São Paulo, tendo como atrações Kiss, Slayer, Black Sabbath, Suicidal Tendencies, Viper, Raimundos, Angra e Dr. Sin. Patrocinado pela empresa Philips, o evento brasileiro recebia o nome de “Philips Monsters of Rock” e trouxe ao nosso país grandes monstros do Rock/Metal mundial.

Uma das edições mais marcantes do evento foi a do ano de 1998. O espetáculo que aconteceu em São Paulo, no dia 26 de setembro na pista de atletismo do Ibirapuera, é considerado por muitos como sendo o melhor dentre todas as edições brasileiras anteriores. Muita controvérsia gira em torno deste tipo de “posição”, já que depende muito do gosto de cada um. Porém, alguns pontos levam a crer quer realmente o Monsters de 1998 foi sim especial, começando pelo fato do evento ter sido o que teve o maior sistema de som que já entrou na América Latina até hoje.
Sendo assim, dezoito anos depois, falarei um pouco sobre os acontecimentos deste inesquecível festival, trazendo aos mais novos as curiosidades deste dia impar e também despertando a nostalgia daqueles que, assim como eu, tiveram a oportunidade de estar presentes no Philips Monsters of Rock de 1998.
Vamos lá:
Com um ano de abstinência, o festival mais importante da América do Sul teve sua quarta edição imortalizada na pista de atletismo do Ibirapuera, diferente de suas edições anteriores que foram todas no estádio do Pacaembu (SP). O festival teve um cast incrível, o que inclusive dificultou muito na escolha do headliner, já que dentre todas as bandas convocadas três delas tinham porte e grandeza para fechar o evento.
Um ponto muito positivo e inédito até então, foi a inclusão (finalmente) de duas atrações nacionais de respeito e história: Korzus e Dorsal Atlântica. Quem viveu na época sabe da luta dessas duas bandas para estar num festival deste porte. Sendo assim, a quebradeira começou logo de cara, exatamente a uma hora da tarde com o Dorsal Atlântica. O grupo despejou clássicos e conquistou a multidão, abrindo sua apresentação com “645” e fechando com a forte “Vitória”. Apresentação incrível! O mesmo pode se dizer do Korzus – é incrível como Pompeu (vocalista) consegue dominar o público. A apresentação foi insana e também repleta de clássicos do grupo.








A primeira atração internacional foi a do “the voice of Rock” Glenn Hughes. Lembro-me que anunciaram o músico antes mesmo da bateria estar pronta, uma pequena gafe porem sem maiores danos. Hughes abriu seu set com “Stormbringer”, além de outras músicas de sua época no Deep Purple, como “You Keep On Moving” e “You Fool No One” por exemplo, além também de faixas solos e do Trapeze. Para finalizar, os presentes foram agraciados com a contagiante “Burn”, deixando todos no local enlouquecidos.


Os próximos a entrar no palco foram os estadunidenses do Savatage. Com um show memorável, o grupo conseguiu agradar. Muitos diziam antes do show que o Savatage “rende“ mais em locais fechados, porém o que se pôde ver foi o contrário: o show do Savatage foi espetacular e fez todos cantarem a plenos pulmões. Lembro-me de ver pessoas na arquibancada chutando as grades de proteção em músicas como “Gutter Bullet” por exemplo, tudo devido à grande emoção. Duvida? Assista ao vídeo abaixo e confira você mesmo!

Um fato inusitado que aconteceu logo após a apresentação do Savatage foi que, de uma hora para outra, o público começou pouco a pouco a se mover para o lado em direção da arquibancada. A multidão foi aumentando cada vez mais… foi então que percebi que Joey Demaio (baixista do Manowar) estava na arquibancada. Com um microfone na mão, Demaio fez um histórico discurso onde agradecia os fãs pela espera da volta do Manowar ao Brasil. Foi simplesmente surreal!

Depois de uma grande pausa, o Dream Theater veio ao Monster com um repertoria fantástico que foi desde “Under Glass Moon” até “Peruvian Skies”. Claro que o clássico “Pull Me Under” não poderia ficar fora do espetáculo, que se encerrou com a sensacional “Metropolis”. Com muita técnica, o grupo conseguiu mostrar que suas músicas funcionam em qualquer ambiente, seja ele mais intimista ou em festivais maiores como o Monster of Rock.


Com muitos assovios no microfone, o Saxon trouxe ao Monsters um clássico após o outro. Faixas como “Dogs of War”, “Unleashe The Beast”, “Motorcycle Man”, “Power and The Glory”, “Princess of The Night” e “Crusader” fizeram São Paulo tremer junto a um coro digno de aplausos. Para aqueles que são fãs de Heavy Metal tradicional, o show do Saxon foi a melhor apresentação da noite.





Uma banda que me chamou muito a atenção nesta edição do Monsters foi, sem dúvida, o Manowar. O grupo tinha prometido voltar para o Brasil após um show cheio de problemas a uns anos atrás. A promessa seria cumprida com requintes de crueldade no Monsters of Rock. Sim, o Manowar conseguiu ser a banda principal, mesmo o headliner oficial sendo o Slayer. Não se falava em outra coisa durante a semana do show. Muitos, aliás, diziam que o correto seria o Manowar fechar o evento.
Antes mesmo da banda pisar no palco, muitas pessoas no local já gritavam “KINGS OF METAL” a plenos pulmões, e quando os primeiros acordes da canção “Manowar” estouraram nos autofalantes, a pista de atletismo do Ibirapuera veio abaixo – era o delírio total. Erick Adams estava numa forma incrível; sua voz estava avassaladora. Pude ver pessoas chorando ao ouvir músicas como “Gates of Valhalla” e “Metal Daze”. Com toda certeza, o show do Manowar foi o melhor da noite.
Muita coisa aconteceu no show do Manowar: discurso, fã tocando com a banda, destruição de guitarra e baixo e até mesmo a presença do filho do jogador Pepe (Santos), que mostrou para mais de 20 mil pessoas seu amor ao Manowar com uma tatuagem do logo da banda nas costas.


Se quiser assistir a essa apresentação histórica na íntegra, o Manowar lançou um DVD chamado “Fire and Blood”, que contém dois discos: o “Heel On Earth Part 2” e o “Blood In Brazil”, que trazem essa incrível apresentação no Philips Monsters of Rock de 1998.


Confesso que depois do show do Manowar, considerei o festival por encerrado, porém ainda tínhamos a apresentação de dois grandes nomes do Thrash Metal mundial: Megadeth e Slayer. O Megadeth subiu ao palco com seriedade e despejou um set grandioso com “Holy Wars”, “Symphony of Destruction”, “A Tout Le Monde” e “Angry Again”. Mustaine com muita competência trouxe para o Monsters um Megadeth incrível e dedicado. A apresentação do grupo ficou com a conhecida dobradinha “Peace Sells” e “Anarchy In UK”. Particularmente, considerei o show do Megadeth um dos melhores da noite. Ouvir Mr. Marty Friedman executando canções clássicas do Thrash Metal é uma coisa que não tem como reclamar.





Chegou a hora dos donos da festa. O Slayer, como sempre, foi monstruoso. Executando uma música em cima da outra, a banda apresentou algumas faixas da tour atual mais alguns clássicos da banda, como “Hell Awaits” (que foi emendada com a “Evil Has No Boundaires”) e “South of Heaven”.
O final da apresentação foi marcado por músicas das antigas. Umas delas foi “Chemical Warfare”, finalizando com a poderosa “Angel of Death”, do clássico “Reign In Blood”.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Rage: 10 covers gravados pela banda


Os alemães do Rage têm uma invejável e extensa discografia que presenteia os amantes de Heavy Metal com músicas memoráveis e comoventes. Fundado em 1984 por Peavy Wagner (Voz e Baixo), o grupo que anteriormente se chamava Avenger fez parte do movimento Heavy/Speed/Power Metal emergido da Alemanha no meio da década de 1980 e chegou a vender, até os dias atuais, mais de cinco milhões de álbuns mundo afora.
O Rage ficou bastante conhecido por gravar e se apresentar junto a orquestra “Lingua Mortis”, transformando seus shows e álbuns em verdadeiras obras de arte. Se não conhece o trabalho do grupo aconselho procurar por quatro discos em particular: “The Missing Link” (1993), “Unity” (2002), “Speak of The Dead” (2006) e “Strings To A Web” (2010).
Um ponto interessante na discografia da banda é o variado número de covers presentes em seus discos. O grupo nunca escondeu suas influências e isso fica latente diante ao diversificado número de clássicos do Rock/Metal gravado pelos alemães. Para conhecermos um pouco estas influências, selecionei aqui uma lista com dez excelentes covers gravados pelo Rage. Vale ressaltar que muitas destas versões estão presentes em EP’S e bonus tracks.
Vamos lá:
Accept – “Fast As A Shark”
Em algumas versões do disco “Trapped” de 1992, o Rage incluiu um ótimo cover para a canção “Fast As A Shark”, do Accept, lançado em 1982 no álbum “Restless and Wild”.

Iron Maiden – “The Trooper” / Judas Priest – “Jawbreaker”
No EP japonês “Higher Than The Sky”, de 1996, a banda gravou dois ótimos covers: um para o clássico “The Trooper”, do Iron Maiden, gravado no álbum “Piece of Mind” de 1983, e outro para a linda “Jawbreaker”, do Judas Priest, gravada no excelente “Defenders of The Faith” de 1984.


Metallica – “Motorbreath” 
O álbum ao vivo japonês “Live From The Vault”, de 1997, trouxe um pesado cover para a canção “Motorbreath”, do Metallica, gravado no debut “Kill ‘Em All” em 1983.

The Beatles – “Yesterday”
O curto “In Vain Rage In Acoustic”, de 1998, trouxe um cover para o mega clássico dos Beatles “Yesterday”, gravado em 1965 no álbum “Help!”.

The Rolling Stones – “Paint It, Black” / Rush – “Tom Sawyer”
O álbum “XIII”, gravado pelo Rage em 1998, trouxe dois grandes covers: “Paint It Black”, dos Stones, que foi imortalizado no álbum “Aftermath”, de 1966, e “Tom Sawyer”, dos canadenses do Rush, a clássica faixa faz parte do magnífico álbum “Moving Pictures”, gravado em 1981.


Skid Row – “Slave To The Grind” / Rush – “Bravado” / Y&T – “Open Fire”
O recém-lançado “The Devil Strikes Again” mais uma vez trouxe alguns covers. Desta vez três: “Slave To The Grind”, do Skid Row, gravado em 1991; “Bravado”, do Rush, também gravado em 1991 no álbum “Roll The Bones”; e “Open Fire”, do Y&T, gravado no disco “Black Tiger”, de 1982.